A Origem (2010)

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Abertura: O Roubo das Memórias
O filme começa apresentando Dom Cobb (Leonardo DiCaprio), um especialista em extração, alguém que invadiu sonhos para roubar segredos corporativos. Ele está desesperado para voltar à sua vida normal e se reunir com seus filhos, mas é considerado um fugitivo internacional, acusado de um crime que não cometeu. As primeiras cenas mostram Cobb e sua equipe invadindo o subconsciente de um executivo chamado Saito (Ken Watanabe), tentando extrair informações cruciais de sua mente. Essas sequências estabelecem a complexidade do mundo dos sonhos e a habilidade de Cobb em manipular a psique das pessoas.

A Proposta Inesperada
Após falhar em uma missão anterior, Cobb recebe uma proposta de Saito: se ele conseguir realizar uma inception, ou seja, plantar uma ideia na mente de Robert Fischer (Cillian Murphy) — herdeiro de um império corporativo rival —, ele poderá limpar seu histórico criminal e retornar para seus filhos. Cobb aceita o desafio, mesmo sabendo que a tarefa é considerada impossível. Aqui o filme introduz a ideia central: a diferença entre extrair uma memória e implantar uma ideia no subconsciente de alguém, e os riscos psicológicos envolvidos.

Montando a Equipe
Para a missão, Cobb recruta especialistas:
  • Arthur (Joseph Gordon-Levitt), seu parceiro confiável, responsável pela logística e detalhes técnicos do plano.
  • Ariadne (Elliot Page), uma jovem arquiteta de sonhos, encarregada de construir os labirintos subconscientes.
  • Eames (Tom Hardy), especialista em forjar identidades dentro dos sonhos, capaz de se disfarçar e enganar Fischer.
  • Yusuf (Dileep Rao), químico responsável por criar os sedativos que permitem a equipe mergulhar profundamente nos sonhos.
  • Ariadne descobre gradualmente que Cobb é assombrado por memórias de sua falecida esposa, Mal (Marion Cotillard), que aparece como uma projeção subconsciente perigosa, ameaçando a segurança da missão.
A Viagem pelos Sonhos
O plano envolve entrar em três níveis de sonhos simultâneos, cada nível mais profundo que o anterior:
  • Um carro em perseguição na chuva — primeiro nível, controle do mundo físico ainda limitado.
  • Um hotel em gravidade zero — segundo nível, onde regras físicas são distorcidas e tempo se expande.
  • Um castelo em um penhasco — terceiro nível, representando o subconsciente mais profundo de Fischer.
A equipe enfrenta desafios constantes: projeções do subconsciente de Fischer atacam os intrusos, enquanto o trauma de Cobb com Mal ameaça destruir a missão. O filme explora conceitos de tempo relativo, percepção da realidade e camadas psicológicas profundas.

O Conflito com Mal
Mal, projeção do subconsciente de Cobb, se manifesta de forma agressiva, sabotando os sonhos. Ela representa a culpa que Cobb sente por sua morte e sua incapacidade de deixar o passado para trás. O confronto entre Cobb e Mal no subconsciente revela emoções reprimidas e a luta de Cobb para aceitar a realidade. Essa relação complexa é central para a narrativa e adiciona uma camada emocional intensa à história.

A Inception e o Desfecho
Após enfrentar inúmeros perigos e ilusões, a equipe consegue plantar a ideia em Fischer: ele decide desmantelar seu império empresarial por conta própria, acreditando que a decisão veio de sua própria reflexão interna. Cobb finalmente enfrenta seu próprio subconsciente e aceita a perda de Mal, libertando-se da culpa que o aprisionava.

O filme termina de forma ambígua: Cobb reencontra seus filhos, mas o famoso pião girando no final deixa em aberto a questão se ele ainda está em um sonho ou na realidade, provocando reflexões sobre percepção, memória e consciência.
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