Abertura: A Chegada à Ilha
O filme começa em 1954, quando o marechal federal Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) viaja de balsa até o Hospital Psiquiátrico Ashecliffe, localizado em uma ilha remota em Boston. Ele está acompanhado de seu novo parceiro, o marechal federal Chuck Aule (Mark Ruffalo). A missão inicial é investigar o desaparecimento de uma paciente perigosa: Rachel Solando, internada por afogar os três filhos. O clima já é tenso desde a chegada: a ilha é cercada por penhascos, cercas elétricas e guardas armados.
O Desaparecimento de Rachel
O diretor da instituição, Dr. John Cawley (Ben Kingsley), explica que Rachel desapareceu de dentro de um quarto trancado por dentro, sem deixar rastros. Teddy começa a interrogar os médicos, enfermeiros e funcionários. Ele percebe resistência nas respostas, como se todos escondessem algo. Ao mesmo tempo, Teddy sofre com fortes dores de cabeça e enjoos, sugerindo que há algo errado com ele.
Os Pesadelos e as Alucinações
Durante a estadia, Teddy tem pesadelos perturbadores com sua esposa falecida, Dolores Chanal (Michelle Williams), morta em um incêndio criminoso provocado por Andrew Laeddis, um incendiário internado em Ashecliffe. Nos sonhos, Dolores o alerta que Rachel não é o problema verdadeiro, e sim algo maior acontecendo no hospital. Essas visões se misturam com lembranças da Segunda Guerra Mundial, quando Teddy participou da libertação do campo de concentração de Dachau, presenciando massacres e atrocidades.
As Investigações Secretas
Teddy acredita que Ashecliffe esconde experimentos ilegais com os pacientes, possivelmente envolvendo lavagem cerebral e uso de drogas psicoativas. Ele desconfia especialmente do Dr. Jeremiah Naehring (Max von Sydow), psiquiatra com passado ligado ao regime nazista. Ao interrogar pacientes, Teddy percebe mensagens enigmáticas. Um deles escreve as palavras “A Lei dos 4” e “Quem é o 67?”, o que desperta sua curiosidade: haveria um paciente secreto, além dos 66 registrados?
O Furacão e a Escalada da Loucura
Um violento furacão atinge a ilha, aumentando o clima claustrofóbico. Os marechais ficam presos em Ashecliffe. Teddy decide investigar o Bloco C, onde estão os prisioneiros mais violentos. Lá, encontra George Noyce (Jackie Earle Haley), um homem com quem teve contato anteriormente. Noyce o acusa de já estar preso na ilha e de estar vivendo uma farsa criada pelos médicos. Essa revelação abala ainda mais Teddy.
O Encontro com a “Rachel Verdadeira”
Fugindo pelo bosque, Teddy encontra uma mulher que afirma ser a verdadeira Rachel Solando (Patricia Clarkson). Ela diz ser uma ex-psiquiatra de Ashecliffe que foi internada depois de descobrir os experimentos ilegais. Segundo ela, os médicos usam drogas e manipulação psicológica para transformar pessoas em cobaias, e Teddy é a próxima vÃtima. Essa conversa convence Teddy de que está realmente sendo enganado.
A Revelação no Farol
Determinando-se a descobrir a verdade, Teddy decide invadir o farol, local onde acredita que ocorrem os experimentos secretos. Ao chegar lá, encontra o Dr. Cawley, que faz a revelação central da trama: Teddy Daniels não existe. Ele é, na verdade, Andrew Laeddis — o verdadeiro paciente 67.
Cawley explica que Andrew criou a identidade de Teddy como forma de escapar da realidade: ele era um ex-marechal federal, mas enlouqueceu depois de matar sua esposa Dolores, que havia afogado os filhos. Para tratá-lo, os médicos permitiram que ele vivesse a fantasia de ser um investigador, acreditando que confrontá-lo com sua própria verdade poderia curá-lo.
A Aceitação da Verdade
Inicialmente, Andrew/Teddy resiste, mas as lembranças vêm à tona: ele recorda Dolores matando os filhos no lago, e ele a matando logo depois. A dor é insuportável, mas finalmente ele aceita que é Andrew Laeddis, o paciente que buscava o tempo todo.
O Último Diálogo
No dia seguinte, Andrew parece lúcido, mas logo começa a chamar novamente Chuck de “parceiro”, sugerindo que sua recaÃda é inevitável. Chuck, na verdade, era o Dr. Sheehan, psiquiatra de Andrew, disfarçado para acompanhar a encenação.
Antes de ser levado pelos guardas, Andrew faz uma pergunta ambÃgua a Sheehan: “O que seria pior: viver como um monstro ou morrer como um homem bom?”
A frase deixa em dúvida se Andrew realmente voltou à loucura ou se decidiu fingir para ser submetido à lobotomia, preferindo esquecer sua dor.
Encerramento: A Ilha do Medo
O filme termina com Andrew caminhando em direção ao destino final dentro de Ashecliffe, enquanto a câmera mostra a ilha envolta em nevoeiro, simbolizando o mistério e a incerteza. O espectador fica sem resposta definitiva: Andrew é realmente louco ou fez uma escolha consciente para escapar de sua culpa?
