Abertura: Engano e Descoberta
Conhecemos Carly Whitten (Cameron Diaz), uma advogada de sucesso que vive um relacionamento aparentemente perfeito com Mark King (Nikolaj Coster-Waldau), um homem charmoso, sedutor e que parece ideal. Carly espera que seu namoro, apesar de novo, tenha compromisso e sinceridade, especialmente quando Mark já começa a falar de conhecê-la com seus pais. Tudo parece estar se encaixando perfeitamente, até que ela descobre acidentalmente um dia que Mark “some” por longas horas… e um dia surge na casa dele um envelope com roupas femininas que claramente não são dela.
Carly, desconfiada, resolve seguir até o apartamento dele e ao abri-lo encontra a esposa de Mark, Kate King (Leslie Mann), dormindo casualmente na cama – não elegante, mas totalmente envolvida naquela parte da vida de Mark. O choque vai além da traição: Carly percebe que ela não era só uma amante ignorada, mas uma das tantas mulheres em sua vida.
A Ira de Duas Mulheres
Kate, por sua vez, está tão ferida quanto Carly. Ela vive numa casa aparentemente feliz, com filhos, rotina doméstica, mas a traição de seu marido despedaça sua confiança. A princÃpio, Kate confronta Carly com raiva, ciúmes, vontade de vingança. Carly também sente revolta, humilhação e desejo de deixar Mark pagar por sua mentira.
As duas mulheres, embora em lados diferentes da “oficialidade” do relacionamento, percebem que compartilham o mesmo agravo: foram enganadas. E é aà que surge a ideia de que a rivalidade entre elas pode se transformar em aliança: em vez de disputarem amor de Mark, poderiam se unir para ensiná-lo uma lição.
A Amante Jovem
A história se complica quando aparece Amber (Kate Upton), uma mulher muito mais jovem envolvida com Mark. Ela inicialmente parece nem saber completamente da situação: trata Mark como namorado legÃtimo, sem saber que ele é casado e que mantém Carly também. Quando Carly e Kate a encontram, há confusão, confronto, ciúmes — mas também surpresa: Amber, embora em posição de “terceira”, acaba se vendo tão traÃda quanto as outras.
Com isso, as três mulheres decidem se unir para armar um plano de vingança: Mark vai pagar emocionalmente por todos os enganos.
A Vingança Começa
Carly, Kate e Amber desenvolvem uma parceria improvável. Elas começam a tramar “pegadinhas”, embaraços públicos e humilhações sutis — tudo com um tom cômico. Kate tenta “vender” a ideia para a sociedade de que Mark é um marido exemplar, enquanto Carly finge que não está incomodada, Amber tenta se fazer de vÃtima da ilusão. As cenas vão de confrontos entre mulheres, afirmações de dignidade, idas e vindas emocionais, mas sempre com humor.
Mark, por sua vez, começa a desconfiar algo está errado. Ele tenta manter seu controle sobre a situação, manipulando, mentindo, sustentando sua imagem de homem desejado por várias mulheres.
Momentos de Reflexão
Entre as cenas de vingança, o filme intercala momentos mais suaves e Ãntimos, mostrando o doloroso lado das mulheres afetadas: Kate lidando com a humilhação diante de amigos e famÃlia, encontrando apoio onde menos espera; Carly refletindo sobre sua própria autoestima, percebendo que confiou demais; e Amber questionando quem é ela nessa história toda — se mera “namorada jovem” ou alguém mais profundo, com dignidade.
Esses momentos servem para equilibrar o humor com emoção, mostrando que vingança e risadas não eliminam a dor, mas podem dar voz e poder à quelas que foram vÃtimas.
O Planejado Desastre
As mulheres combinam uma série de ações para expor Mark: infiltrar amigas, testemunhos, constrangimentos em público, manipulações de redes sociais, difusão de segredos. Uma cena importante é quando Kate se prepara para um jantar de trabalho de Mark e ela aparece lá, não para confrontá-lo publicamente, mas para que ele note que ela não tolera mais suas mentiras. Carly e Amber participam de situações que o colocam em apuros sociais, revelam sua duplicidade, minam sua autoconfiança.
A tensão cresce conforme Mark tenta controlar os danos, mas suas mentiras se multiplicam, e suas contradições ficam mais expostas.
ClÃmax e Confronto Final
Chega um ponto alto quando Mark é confrontado de frente por Carly, Kate e Amber juntas. É uma cena mais emocional do que cômica: Kate exige respeito, Carly expressa sua indignação, Amber demonstra que também se sente usada. Mark tenta se justificar, manipular sentimentos, dizer que tudo foi confusão, engano, que ele ama as três, mas claramente falha em sustentar sua versão.
A exposição pública — não necessariamente numa grande plateia, mas em cÃrculos de amigos, famÃlia, colegas de trabalho — traz consequências para ele: reputação abalada, autoimagem questionada, relacionamentos destruÃdos.
Desfecho: Amizade e Autonomia Feminina
No fim, Mulheres ao Ataque não entrega uma reconciliação entre os personagens, nem pretende. O foco está na autonomia das mulheres. Kate, Carly e Amber seguem seus caminhos, cada uma com sua dignidade recuperada. A união delas, ainda que forçada pelas circunstâncias, mostra que a sororidade e o apoio mútuo podem ser armas poderosas contra a traição e a desonestidade.
Mark fica como aquele vilão domesticado: alguém que sangrou emocionalmente, de quem se esperava mais, mas que teve suas máscaras arrancadas. As mulheres, por outro lado, saem do filme não como coadjuvantes da história de outro, mas como protagonistas de si mesmas.