4x100: Correndo por um Sonho (2021)

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Abertura: A Derrota que Marca Uma Nação
O filme começa mostrando a equipe feminina brasileira de revezamento 4×100 nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. A protagonista Maria Lúcia (Fernanda de Freitas), atleta de destaque, sofre um momento de crise antes da prova. A equipe composta por Maria Lúcia, Adriana (Thalita Carauta), Rita, Jaciara e outras atletas perde a final olímpica. A derrota — especialmente o erro no passe do bastão — marca profundamente as vidas de todos os envolvidos, especialmente Maria Lúcia e Adriana. 

Anos Depois: Divergência de Rumos
Três anos após aquela derrota, as vidas das atletas seguem caminhos bem distintos:
  • Maria Lúcia continua sendo reconhecida no atletismo e na mídia. Ela participa de campanhas, comerciais fitness, mantém visibilidade no esporte.
  • Já Adriana abandonou o atletismo competitivo, vive frustrada. Sem patrocínios ou reconhecimento, ela tenta sobreviver trabalhando em lutas de MMA clandestinas. 
As outras integrantes também enfrentam seus desafios pessoais: Rita, a mais velha, lida com desgaste físico e pressão; Jaciara enfrenta relações difíceis fora da pista; Bia, a novata, tenta achar seu espaço. 

Convocação e Oportunidade de Redenção
Com a proximidade dos Jogos Olímpicos de Tóquio (2020), há uma nova chance para a equipe 4×100 mostrar que pode superar o passado. As atletas são convocadas novamente para compor o time. Agora, Maria Lúcia, Adriana, Rita, Jaciara e Bia devem deixar as rivalidades passadas, as frustrações e as diferenças pessoais de lado para trabalhar como equipe. Elas precisam reconquistar confiança, força física, mentalidade olímpica e superar traumas emocionais. 

Obstáculos do Passado e a Luta Interior
Enquanto treinam para a nova prova, diversas tensões pessoais emergem:
  • Adriana sente-se cobrada e ressentida por ter sido apontada como responsável pelo erro em 2016. Ela precisa encarar a culpa, a vergonha pública e a própria dúvida. 
  • Maria Lúcia lida com a pressão de manter sua imagem pública e suas conquistas, mesmo com o peso de saber que uma decepção passada ainda pesa sobre ela. A fama, o sucesso comercial, trazem seus dilemas. 
  • Rita enfrenta o desgaste corporal e psicológico de ser uma atleta veterana; Jaciara, questões pessoais fora das pistas (relacionamento, expectativas externas); Bia, insegurança e desejo de se provar no time. 
Treinos, Preparação e União
O filme intercala cenas de treinos intensos, reuniões com treinadores, sessões de fisioterapia, também momentos de falha e desistência. As atletas vão se reaproximando. Adriana e Maria Lúcia têm vários embates emocionais — confrontos diretos e indiretos — até que percebem que precisam uma da outra para que o time funcione. 

Elas também contam com o apoio de seu técnico, Victor (Augusto Madeira), e outros personagens secundários como Dra. Bruna (Zezé Motta), que ajudam com suporte médico e psicológico. 

O Clímax: Tóquio 2020
Chega o momento da prova final em Tóquio. A trama se concentra não apenas na corrida, mas no instante do bastão sendo passado — um símbolo enorme do que precisa dar certo desta vez. As atletas precisam superar o medo de falhar, a culpa, o julgamento da mídia e da torcida, além de seus próprios limites físicos.

A corrida final representa a redenção: para Adriana, para Maria Lúcia, para todas. É um momento de tensão máxima, que exige confiança no treinamento, na equipe e em si mesmas. 

Desfecho: Superação e União
No fim, o filme mostra o time correndo unido, não só por medalha, mas por orgulho, pela chance de reescrever a história que ficou marcada pela derrota.

Mesmo que o resultado exato da corrida final seja previsível para muitos (o filme mostra claramente que é sobre redenção mais do que sobre surpresa), ele entrega uma mensagem forte: valorizar o esforço coletivo, a resiliência, a união entre mulheres atletas que enfrentam não só adversários, mas também desigualdades, expectativas sociais, padrões estéticos e a pressão de sempre ter que ser mais. 

Conclusão: Correndo Também Dentro de Si
4×100: Correndo por um Sonho não é apenas um filme sobre esportes, é sobre o que acontece fora das pistas: culpa, fama, abandono, ego, superação, amizade, arrependimento. Retrata bem a vida de atletas mulheres no Brasil — com seus altos e baixos — e mostra que uma derrota pode cicatrizar ou definir um futuro, dependendo do que se faz depois dela.

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