Corra que a Polícia Vem Aí! (2025)

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Abertura — herança e abertura bizarra
O filme abre com uma sequência de ação em tom pastelão: um assalto a um banco em que o Tenente Frank Drebin Jr. (Liam Neeson), herdeiro do lendário Frank Drebin Sr., consegue deter uma quadrilha enquanto disfarçado de colegial — uma abertura que já anuncia o tipo de comédia física e visual que dominará o filme. O grupo criminoso, contudo, está ali apenas para distrair; o verdadeiro objetivo é roubar um artefato guardado num cofre: o misterioso Dispositivo P.L.O.T.. Essa cena estabelece o tom (gags rápidas, piadas visuais e não sequitur) e apresenta Drebin Jr. como um policial desajeitado, bem-intencionado mas atrapalhado. 

Incidente, investigação inicial e apresentação dos personagens
Logo após, Drebin é realocado dentro da corporação por ser considerado “risco legal” — sua propensão para acidentes o torna uma dor de cabeça administrativa. Em paralelo, uma morte suspeita coloca a trama em movimento: Simon Davenport, um engenheiro de software, morre num acidente de carro que Drebin inicialmente classifica como suicídio. No entanto, pistas (um isqueiro, um maço de fósforos, pistas de um coquetel social) chamam a atenção do Tenente. É nessa fase que conhecemos Beth Davenport (Pamela Anderson), irmã de Simon e escritora de true crime, que questiona a versão oficial e vira parceira relutante de Drebin nas investigações. Também somos apresentados a Richard Cane, magnata da tecnologia e dono da Edentech — personagem que aos poucos se mostra à margem do suspeito de maior importância.

Desenvolvimento — pistas, gags e o clube noturno
Drebin persegue uma trilha de pistas que passa por uma feira de tecnologia da Edentech, um clube noturno recomendação do próprio Cane (onde Drebin se envolve em confusões típicas de pastelão) e um carro elétrico “doado” à polícia que se transforma numa sequência de gags físicos quando Drebin tenta dirigi-lo. Durante esse trecho, o tom do filme mistura investigação policial (o tal do Dispositivo P.L.O.T. parece ser o foco) com piadas de derrapagem física: a tecnologia supostamente “segura” mostra-se mais perigosa nas mãos do nosso protagonista. Essas cenas aprofundam a suspeita contra Cane e amplificam o clima de farsa. 

Meia-idade do filme — a conspiração se revela
Ao reunir depoimentos e rastros, Drebin prende um capanga chamado Gustafson, que, acuado, confessa um esquema maior: Richard Cane planeja usar o Dispositivo P.L.O.T. num evento de grande público para provocar caos e, com isso, manipular a opinião pública/mercados. A revelação coloca Drebin em rota de colisão direta com o magnata. Enquanto a cidade segue seu cotidiano, o plano de Cane é cuidadosamente instalado dentro de bolas gigantes usadas na contagem de Ano-Novo (o roteiro utiliza o contraste entre absurdo e ameaça real para manter o humor sempre no limite). 

A preparação para o confronto — planos bizarros e resistência ao P.L.O.T.
Drebin descobre que o Dispositivo P.L.O.T. é capaz de instigar comportamentos violentos em grandes grupos (um recurso conveniente para um vilão com ambições de caos). Para enfrentar isso, ele usa um artifício cômico: um auricular que o isola dos efeitos do aparelho — e aí o filme investe numa série de piadas propagadas pela diferença entre quem está “influenciado” e quem não está. Ao mesmo tempo, o público acompanha a crescente química entre Drebin e Beth (ela, a investigadora cética; ele, o atrapalhado romântico), que fornece ao filme uma veia sentimental leve, sem abandonar a sátira. 

Clímax — Ponzi-scheme.com Arena, as bolas de Ano-Novo e o surto coletivo
O cerne do clímax ocorre durante um grande evento de artes marciais e a contagem de Ano-Novo na Ponzi-scheme.com Arena: Cane planeja ativar o Dispositivo P.L.O.T. dentro das bolas comemorativas, causando um surto de violência massiva. Drebin chega ao local com o auricular protetor — mas, fiel ao seu estilo, acaba perdendo as calças no momento em que ordena a evacuação em público, expondo-se e tornando suas ordens ineficazes (gag físico clássico que complica sua missão). Mesmo assim, Drebin consegue infiltrar-se entre a confusão, enfrenta capangas, e luta contra as ondas de violência induzidas pelo Dispositivo. As cenas misturam ação, gags visuais (muitos “background gags” que se tornaram marca da franquia) e pequenas soluções absurdas que atravessam o perigo com humor. 

Resolução — derrota de Cane e final pastelão
No clímax-conclusão, Drebin neutraliza o Dispositivo P.L.O.T. — em boa medida graças a uma intervenção inesperada e ridícula: o espírito de seu pai (uma aparição que o filme faz em forma de coruja — brincadeira com “sinais dos antepassados”) ajuda Drebin num momento decisivo, contribuindo para desestabilizar Cane e permitindo que as autoridades prendam o vilão. Beth queima a prova que liga Cane a crimes anteriores, Drebin pacifica Beth (e a própria cidade), e Cane é conduzido à justiça. O filme termina com Drebin investigado por “Assuntos Internos” — que, em tom final de piada, revela-se uma agência de resort tropical onde ele passa seus tempos de folga com Beth. A cena pós-créditos traz um número musical-surpresa de "Weird Al" Yankovic em um bunker vazio, reforçando o clima de nonsense.
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