Assassinato no Expresso do Oriente (2017)

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Abertura: O Caso em Jerusalém
O filme começa apresentando o famoso detetive Hercule Poirot (Kenneth Branagh), já estabelecendo seu talento e meticulosidade. Em Jerusalém, ele resolve um complicado caso de roubo de relíquias religiosas em questão de minutos. Poirot demonstra seu perfeccionismo ao usar até a simetria de suas roupas e da paisagem como pistas. O caso é concluído com a prisão do verdadeiro culpado e sua reputação como o maior detetive do mundo é reforçada.

Logo depois, Poirot embarca em uma viagem de descanso. Seu amigo, o diretor da linha ferroviária, Bouck, consegue para ele um lugar no luxuoso Expresso do Oriente, que partiria de Istambul em direção a Calais, atravessando a Europa.

A Viagem e os Passageiros
No trem, Poirot conhece os passageiros que formam um grupo diversificado e aparentemente desconectado entre si:
  • Samuel Ratchett (Johnny Depp), um empresário norte-americano com fama de negociante obscuro.
  • Hector MacQueen (Josh Gad), secretário de Ratchett.
  • Edward Masterman (Derek Jacobi), mordomo de Ratchett.
  • Princesa Dragomiroff (Judi Dench), aristocrata russa idosa.
  • Hildegarde Schmidt (Olivia Colman), dama de companhia da princesa.
  • Mary Debenham (Daisy Ridley), jovem governanta britânica.
  • Coronel Arbuthnot (Leslie Odom Jr.), médico militar.
  • Caroline Hubbard (Michelle Pfeiffer), americana extrovertida e falante.
  • Gerhard Hardman (Willem Dafoe), suposto caçador de professor austríaco.
  • Pilar Estravados (Penélope Cruz), missionária espanhola.
  • Conde e Condessa Andrenyi (Sergei Polunin e Lucy Boynton), casal húngaro.
Poirot observa cada um com seu olhar clínico, notando pequenos detalhes em suas atitudes.

O Assassinato
Durante a noite, uma forte nevasca interrompe a viagem, fazendo o trem parar nos trilhos isolados da Iugoslávia. Nesse meio tempo, Ratchett tenta contratar Poirot como seu protetor, afirmando estar recebendo ameaças de morte. Poirot recusa, dizendo que Ratchett tem um rosto que ele não confia.

Na manhã seguinte, Ratchett é encontrado morto em sua cabine. Foi esfaqueado várias vezes, mas de maneiras inconsistentes — alguns golpes profundos e outros superficiais, alguns feitos com a mão esquerda, outros com a direita. A janela do quarto está aberta, sugerindo uma fuga, mas logo Poirot percebe que é uma pista forjada.

A Investigação
Bouck pede a Poirot para assumir o caso, já que estão isolados pela nevasca. Ele aceita. O detetive entrevista cada passageiro, colhendo informações, e logo descobre que todos parecem ter algum segredo.

Poirot encontra pistas:
  • Um lenço com a letra "H".
  • Um cachimbo.
  • Uma parte de um bilhete queimado que menciona “Daisy Armstrong”.
  • Um uniforme de condutor escondido.
  • O relógio de Ratchett parado na hora exata do crime.
As evidências apontam para múltiplos suspeitos, mas também parecem ter sido cuidadosamente plantadas para confundir.

O Passado Revelado
Poirot descobre que Ratchett, na verdade, era Cassetti, um gângster americano famoso por ter sequestrado a pequena Daisy Armstrong, filha de um piloto heróico e de uma mulher da alta sociedade. O crime terminou em tragédia: Daisy foi morta, sua mãe grávida se suicidou, e o pai também morreu de desgosto. A família e pessoas próximas foram destruídas. Cassetti escapou da justiça por meio de corrupção.

Com essa revelação, Poirot percebe que quase todos os passageiros tinham alguma ligação com a família Armstrong: eram amigos, parentes ou empregados que sofreram com o crime.

O Grande Confronto
Poirot reúne todos os passageiros no vagão-restaurante e apresenta sua dedução. Ele oferece duas soluções para o mistério:
  1. A versão simples: um desconhecido teria embarcado no trem durante a parada e assassinado Ratchett, fugindo em seguida.
  2. A versão real: todos os passageiros, unidos pelo desejo de vingança, participaram do assassinato. Cada um deu uma facada em Ratchett, de forma que ninguém sozinho pudesse ser considerado o único assassino. Assim, partilharam igualmente a culpa.
O Desfecho
Poirot enfrenta um dilema moral. Ele, que sempre prezou pela ordem e pela verdade absoluta, se vê diante de um crime cometido por justiça própria, contra um homem indiscutivelmente culpado, mas que havia escapado das leis.

No fim, Poirot permite que a versão “oficial” seja a da primeira hipótese, preservando os passageiros da condenação. A polícia aceitará que o assassino fugiu na neve.

Quando o trem é liberado para seguir viagem, Poirot desembarca, mas logo recebe uma nova convocação: investigar um assassinato no Nilo. Esse gancho antecipa a continuação da história.

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