Chuva Ácida (2023)

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Abertura: O Mundo Sob Calor Extremo
O filme se inicia numa França assolada por uma onda de calor intensa, cenário de tensão constante. A atmosfera é sufocante, ruas ensolaradas e temperaturas insuportáveis criam um pano de fundo opressor. É nesse ambiente que somos apresentados a Selma (Patience Munchenbach), uma adolescente de quinze anos vivendo com sua mãe. Sua vida, já marcada pela tensão familiar, logo será abalada por uma catástrofe ambiental. 

Também vemos Michal (Guillaume Canet), ex-marido de Élise (Laetitia Dosch), pai de Selma, com quem ela mantém contato ambíguo. A divisão da família e as emoções não resolvidas entre eles já criam um terreno emocional delicado. 

Uma nuvem ameaçadora surge no céu — uma nuvem de chuva ácida letal — transformando o calor extremo em algo mortal. A partir desse momento, o filme passa a ser não apenas um drama familiar, mas também uma história de sobrevivência contra um desastre ambiental. 

A Dispersão da Catástrofe
À medida que a nuvem se aproxima, a chuva ácida começa a se manifestar em forma de gotículas corrosivas, ameaçando vida, infraestrutura e tudo exposto. A narrativa mostra o impacto imediato: carros corroem, superfícies se deterioram, comportamentos desesperados começam entre a população. 

Selma é forçada a fugir com sua mãe, mas acabam separadas no caos. Michal, por sua vez, descobre que a filha está em perigo e inicia uma corrida contra o tempo para encontrá-la e protegê-la. Eles devem atravessar ruas perigosas, evitar ambientes expostos e lidar com o colapso social que a catástrofe provoca.

Enquanto isso, Élise também tenta encontrar sua filha, enfrentando obstáculos físicos e emocionais. A narrativa intercala os caminhos separados da mãe, do pai e da filha, mostrando os desafios e decisões difíceis que cada um precisa tomar.

Conflitos Emocionais e Sacrifícios
No meio da crise, traumas antigos e ressentimentos emergem. Selma carrega mágoas da separação dos pais; Michal e Élise se culpam por falhas do passado. A crise traz à tona essas feridas: Élise hesita entre proteger-se ou buscar Selma; Michal enfrenta dilemas sobre até onde ir para salvar a filha.

Selma, por sua vez, mostra coragem jovem e determinação — mesmo sendo adolescente, ela age com maturidade, tentando ajudar outros sobreviventes, encontrando caminhos seguros, mas lutando contra o medo e o desespero.

Em determinado momento, uma cena comovente mostra Selma refugiando-se em espaços internos, protegendo-se da chuva corrosiva, enquanto espera ajuda. Esses momentos reforçam a fragilidade humana diante do desastre.

O Reencontro e o Desfecho
No clímax, Michal consegue encontrar Selma, após perseguições e obstáculos. Eles se reúnem em meio ao caos, mas ainda não estão seguros — a nuvem continua ativa e letal. Élise, num momento decisivo, corre para alcançá-los.

A reunião família ocorre sob tensão e alívio misturados: eles estão juntos novamente, mas o perigo persiste. A chuva ácida continua a ameaçar, exigindo que o grupo permaneça em movimento e encontre abrigo seguro.

O filme termina com uma nota de alerta e resiliência: embora o desastre tenha revelado fragilidades sociais e pessoais, o laço familiar — entre pai, mãe e filha — se reafirma como força motriz para sobreviver. Não há necessariamente vitória plena sobre a catástrofe, mas um triunfo da união e da coragem diante da adversidade.

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