Barbie (2023)

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Abertura: O Mundo das Barbies
O filme começa apresentando Barbielândia, um universo cor-de-rosa perfeito onde todas as Barbies levam vidas aparentemente maravilhosas e empoderadas. Cada Barbie tem uma função importante: Barbie Presidente (Issa Rae), Barbie Doutora, Barbie Escritora (Alexandra Shipp), Barbie Juíza da Suprema Corte, entre outras. Elas vivem em harmonia, acreditando que o simples fato de existirem já resolveu todos os problemas de desigualdade de gênero no mundo real.

Entre todas, conhecemos a Barbie Estereotipada (Margot Robbie), a Barbie “clássica” e mais popular, que representa o ideal de beleza loira, sorridente e perfeita. Ao lado dela está o Ken (Ryan Gosling), que só encontra sentido em sua vida quando está com Barbie. Diferente das Barbies, os Kens não têm funções relevantes; eles passam os dias na praia e só querem atenção delas.

A Ruptura da Perfeição
Durante uma festa, a Barbie Estereotipada, de repente, começa a ter pensamentos estranhos sobre morte e mortalidade, algo totalmente fora de contexto em Barbielândia. No dia seguinte, sua vida perfeita começa a dar sinais de falhas: ela acorda com mau hálito, tropeça, queima torradas e, principalmente, percebe que seus pés — que sempre foram arqueados como os das bonecas de salto — agora estão retos, como pés humanos comuns.

Desesperada, ela procura ajuda da Barbie Estranha (Kate McKinnon), uma boneca deformada por anos de brincadeiras intensas no mundo real. A Barbie Estranha revela que a ligação entre Barbie Estereotipada e a menina que brinca com ela no mundo real está em desequilíbrio. Para consertar isso, Barbie deve viajar ao mundo real e encontrar a responsável por essa conexão.

A Jornada ao Mundo Real
Barbie decide embarcar nessa missão. O Ken, sem ser convidado, insiste em ir junto e a acompanha na viagem. Ao chegarem ao mundo real (mais precisamente em Los Angeles), Barbie fica chocada ao descobrir que, diferente de Barbielândia, as mulheres não são tratadas como poderosas e líderes, mas enfrentam machismo, inseguranças e opressão.

Enquanto isso, Ken tem uma experiência oposta: ele descobre o patriarcado e se encanta ao ver que, no mundo real, os homens ocupam posições de poder e recebem respeito apenas por serem homens. Fascinado, ele decide levar essa ideia de volta para Barbielândia.

O Encontro com a Realidade
Barbie tenta encontrar a menina que acredita ser sua dona. Inicialmente, ela acha que é Sasha (Ariana Greenblatt), uma adolescente que critica Barbie duramente, acusando-a de reforçar padrões irreais de beleza e contribuir para problemas sociais. Barbie fica arrasada com as acusações e começa a duvidar de si mesma.

Mais tarde, Barbie descobre que sua verdadeira conexão é com Gloria (America Ferrera), a mãe de Sasha, uma funcionária da Mattel que estava projetando suas próprias ansiedades e frustrações através da boneca. Gloria, diferente da filha, ainda sente carinho e identificação com Barbie, e é justamente essa ligação que afetou a vida da boneca em Barbielândia.

Enquanto isso, os executivos da Mattel — liderados pelo CEO da Mattel (Will Ferrell) — percebem que uma Barbie “fugitiva” está no mundo real e tentam capturá-la para colocá-la de volta na caixa, em uma sátira à própria empresa e ao consumismo.

A Transformação de Barbielândia
De volta a Barbielândia, Ken chega primeiro e aplica o que aprendeu sobre patriarcado. Ele transforma o local em uma sociedade dominada pelos Kens, agora chamada de Kenlândia. As Barbies, antes independentes, passam a ser submissas, vivendo apenas para agradar os Kens.

Quando Barbie retorna com Gloria e Sasha, encontra Barbielândia completamente modificada. As Barbies foram “lavadas cerebralmente” e perderam a autonomia. Barbie se sente derrotada, mas Gloria faz um discurso poderoso sobre as pressões e contradições de ser mulher no mundo real — ser perfeita, bonita, competente, mas sempre criticada. Esse discurso inspira as Barbies a despertarem novamente para sua verdadeira força.

A Revolta das Barbies
Com Barbie, Gloria e Sasha liderando a resistência, as Barbies unem forças para retomar Barbielândia. Elas elaboram um plano para manipular os Kens, fazendo-os competir entre si e, assim, perderem o controle coletivo.

Enquanto os Kens travam uma batalha musical absurda e coreografada — marcada pela canção icônica de Ken (Ryan Gosling) expressando sua crise de identidade —, as Barbies reconquistam suas casas, seus cargos e sua autonomia.

O Confronto com Ken e a Redescoberta de Barbie
No final, Ken percebe que sua tentativa de estabelecer o patriarcado não o tornou mais feliz. Ele confessa sua frustração e admite que sempre viveu à sombra de Barbie, sem saber quem realmente é. Barbie o consola, mas afirma que ele precisa descobrir sua identidade independente dela: “Kenough” (um trocadilho em inglês que significa “Ken é suficiente”).

Barbie, por sua vez, entra em crise existencial sobre quem ela realmente é. Ela sente que não quer mais ser apenas uma ideia perfeita e superficial. Nesse momento, ela é guiada por uma aparição da criadora da boneca, Ruth Handler (Rhea Perlman), que conversa com ela sobre a humanidade, a imperfeição e a beleza de viver como um ser real.

A Escolha Final
Inspirada por essa revelação, Barbie decide abrir mão de ser apenas um ícone e pede a Ruth para se tornar humana de verdade. O filme termina com Barbie, agora vivendo no mundo real, escolhendo um novo nome: Barbara Handler, em homenagem à sua criadora.

Em uma cena final cômica, vemos Barbara indo a uma consulta médica de ginecologia, simbolizando sua nova jornada como mulher real, com todas as complexidades e experiências da vida humana.

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