Prólogo: da glória ao anonimato
A história abre mostrando a era de ouro dos heróis: Roberto Pêra (Sr. Incrível) é um herói admirado que salva pessoas em situações espetaculares — até o dia em que uma sequência de incidentes com “danos colaterais” (processos, polêmica pública) leva o governo a proibir que os super-heróis atuem publicamente. Surge o programa de realocação: identidades secretas, vidas civis, e a promessa de “normalidade”. Roberto casa com Helena (Mulher-Elástica), abandona a carreira pública e a família Pêra passa a viver no subúrbio tentando esconder dons que já não são aceitos.
Vida suburbana e o desejo de voltar a agir
Quinze anos depois vemos o lado humano e frustrado de Roberto: ele trabalha como analista de seguros, sente saudade da ação e, às vezes, sai às escondidas para “fazer o bem” com o amigo Lúcio Melhor (Gelado). Em casa, Helena (Mulher-Elástica) administra a família — Violeta, adolescente tímida que pode ficar invisível e gerar campos de força; Flecha, super-rápido e impaciente; e Zezé, o bebê aparentemente “normal”. A dinâmica familiar e a tentativa de Roberto de conciliar nostalgia de herói com responsabilidades cotidianas estabelecem o conflito emocional principal do filme.
O chamado secreto e a ilha Nomanisan
Após ser demitido por uma reação impulsiva no trabalho, Roberto recebe um contato secreto de uma mulher chamada Mirage: uma missão para ir à remota ilha Nomanisan e “neutralizar” um robô gigante fora de controle, o Omnidroid. Roberto aceita, vai para a ilha e, no primeiro encontro, triunfa usando astúcia — fazendo o robô arrancar o próprio núcleo de energia — e retorna rejuvenescido pela adrenalina e pelo pagamento. Ele volta à vida de treinamentos e, com isso, reencontra Edna Moda para conserto/novos uniformes. Edna, supondo que Helena saiba, prepara trajes para toda a família.
A armadilha e a verdade sobre o inimigo
Na volta, Roberto descobre que Mirage não trabalha sozinha: ela é cúmplice de um vilão que se revela Syndrome — que antigamente era Bochecha, um fã infantil rejeitado por Roberto quando tentou ser seu “sidekick” (Gurincrível). Humilhado, Bochecha se tornou um gênio do mal: enriqueceu vendendo armas e tecnologia, construiu uma fortaleza na ilha, e aperfeiçoou repetidamente os Omnidroids, deliberadamente atraindo ex-supers para que fossem eliminados pelo robô até que o projeto se tornasse invencível. O plano de Syndrome é simples e cruel: lançar o Omnidroid em Metroville, “controlá-lo” com um controle remoto para depois fingir salvá-lo (e se tornar herói), e em seguida vender tecnologia que “dá poderes” às massas — tornando super-heróis obsoletos e lucrando com isso.
A descoberta da Helena e o resgate da família
Helena ativa o localizador embutido no traje de Roberto (Edna inseriu um rastreador) e parte para a ilha. No meio do percurso ela descobre que Violeta e Flecha se esconderam no avião para ir com ela (Zezé fica com uma babá), e Syndrome dispara mísseis contra o avião. Ela usa sua elasticidade de forma impressionante para salvar a si e às crianças na queda — e consegue chegar à ilha. Enquanto isso, Roberto é capturado e humilhado; Mirage, vendo a crueldade e o descontrole de Syndrome, muda de lado. Helena infiltra-se, liberta Roberto e, pela primeira vez, toda a família Pêra atua junta — Roberto, Helena, Violeta e Flecha começam a trabalhar como equipe.
A fuga, a evolução dos poderes e a corrida para Metroville
Os Pêra conseguem escapar da ilha com a ajuda de Mirage, mas Syndrome revela o seu plano maior: ele enviará o Omnidroid aperfeiçoado a Metroville. Durante a fuga e a perseguição, vemos o crescimento dos filhos: Flecha aprende a usar sua velocidade de forma criativa durante combates; Violeta, pressionada, domina melhor seus escudos de força e sua capacidade de invisibilidade; Helena mostra o alcance e controle de sua elasticidade. A família — ainda desajustada emocionalmente, mas operando como um time — foge na nave de Syndrome rumo a Metroville, onde a batalha final ocorrerá.
Batalha em Metroville: estratégia em família
Em Metroville, o Omnidroid começa a devastar tudo. Syndrome chega fingindo heroísmo, mas a inteligência artificial do robô identifica o controle remoto de Syndrome como ameaça, o despega e torna o robô autônomo e incontrolável — ironia fatal do esquema do vilão. Os Pêra (com a ajuda de Gelado) elaboram um plano para explorar as fraquezas do Omnidroid: superfícies escorregadias/geladas, manipular suas garras para perfurar seu casco e ejetar o núcleo. Em manobra coordenada — Flecha como isca, Violeta protegendo com campos, Helena moldando trajetórias e Roberto aplicando força bruta — eles forçam o Omnidroid a destruir seu próprio núcleo e, assim, conseguem neutralizá-lo publicamente. A cidade testemunha a família salvando o dia.
Zezé revela seus poderes e o fim de Syndrome
Logo após a vitória, a calma se quebra: Syndrome captura Zezé e foge com a criança para seu jato, planejando torná-lo seu “ajudante” e ganhar simpatia pública. No entanto, quando Syndrome tenta largar Zezé na fuselagem, o bebê revela que tem superpoderes imprevisíveis (metamorfose, combustão, teletransporte e outras manifestações) — o que vira o jogo. Helena, lançada ao ar por Roberto, resgata Zezé; Syndrome tenta fugir, mas sua própria arrogância o condena: sua capa é sugada por um dos motores do avião, e ele é mortalmente ferido — uma referência cínica ao famoso aviso de Edna: “Nada de capa!”. Com Syndrome morto, a ameaça imediata termina.
Desfecho: reconhecimento e um novo começo
Com Syndrome eliminado e a cidade salva, os Pêra voltam ao convívio cotidiano, mas com diferenças claras: Roberto reconhece o valor de trabalhar em família e de confiar nas habilidades dos filhos; Violeta e Flecha amadurecem e Zezé agora é uma incógnita superpoderosa a ser descoberta. O filme fecha com a família novamente equipada como heróis — e, numa última cena-gancho, surge o Escavador causando estragos abaixo da cidade. Sem hesitar, os Pêra vestem suas roupas e partem para enfrentar o novo inimigo.
