Os 33 (2015)

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Abertura: A Mina de San José
O filme começa apresentando a cidade de Copiapó, no Chile, em agosto de 2010. Mario Sepúlveda (Antonio Banderas) é mostrado como um líder nato entre os mineiros, além de ser carismático e brincalhão. O engenheiro chefe, Luis “Don Lucho” Urzúa (Lou Diamond Phillips), demonstra preocupação com a segurança da Mina de San José, que já tinha histórico de acidentes. Mesmo alertando os donos da mina sobre as condições perigosas, suas queixas são ignoradas, revelando a negligência da administração.

A Rotina dos Mineiros
Os trabalhadores descem para mais um dia de trabalho, enquanto suas famílias, incluindo a irmã de Dario Segovia, María Segovia (Juliette Binoche), cuidam da vida cotidiana na cidade. Dentro da mina, vemos a rotina pesada, o uso de explosivos e a camaradagem entre eles. Mario costuma motivar os companheiros com piadas e cantos, trazendo esperança em meio ao ambiente hostil.

O Desastre
Subitamente, ocorre um desmoronamento massivo. A galeria principal da mina desaba, soterrando os 33 trabalhadores a mais de 700 metros de profundidade. O veículo de fuga é esmagado pela rocha, deixando-os sem rota de saída. Com poucos suprimentos, Don Lucho e Mario tentam manter a calma do grupo. Eles descobrem que só há comida suficiente para poucos dias e água potável muito limitada.

A Esperança no Escuro
Enquanto isso, na superfície, María Segovia se destaca como a principal voz de luta pelas famílias, organizando protestos e exigindo ação imediata do governo. O presidente do Chile, Sebastián Piñera (Bob Gunton), decide intervir diretamente, enviando o ministro da Mineração, Laurence Golborne (Rodrigo Santoro), para coordenar os trabalhos de resgate.

Dentro da mina, os homens começam a sentir os efeitos da fome, do desespero e das tensões emocionais. Mario assume um papel de liderança, distribuindo comida de forma racionada – um biscoito e um pouco de leite a cada 48 horas. Ele também fortalece o espírito dos colegas, incentivando a oração e a união.

O Primeiro Contato
Equipes de resgate começam a perfurar a rocha com sondas, sem saber exatamente onde os mineiros estão. Durante semanas, não há sinal de vida. Muitos já acreditam que os trabalhadores morreram, mas as famílias, lideradas por María, continuam acampadas no “Campo Esperança”, erguido em frente à mina.

Finalmente, após 17 dias, uma das sondas chega até o local onde os mineiros improvisaram um abrigo. Eles escrevem com tinta: “Estamos bem no refúgio, os 33” e prendem o bilhete na broca, que retorna à superfície. A descoberta traz comoção mundial, e o campo de resgate se enche de jornalistas, autoridades e voluntários.

A Luta pela Sobrevivência
Agora com comunicação estabelecida, os mineiros recebem alimentos e remédios enviados por cápsulas através dos dutos estreitos. No entanto, a situação psicológica se agrava. Alguns entram em conflito por causa do estresse, outros perdem as esperanças, e até crises de fé surgem.

Mario continua sendo a voz da resistência, dizendo que sairão vivos dali. Don Lucho, embora se culpe por não ter conseguido evitar o desastre, também ajuda a organizar a vida no abrigo. Os homens estabelecem turnos de vigília, horários para dormir e até momentos de oração coletiva, mantendo a disciplina para não sucumbirem ao desespero.

O Resgate Internacional
O governo chileno aceita ajuda internacional. Engenheiros e especialistas dos Estados Unidos e de outros países se unem ao resgate. São testados três planos de perfuração diferentes, conhecidos como Plano A, Plano B e Plano C. O mais promissor, o Plano B, conta com perfuradoras especiais capazes de abrir um túnel largo o suficiente para resgatar os homens.

Enquanto isso, as famílias enfrentam o calor escaldante e as dificuldades no acampamento, mas permanecem firmes. María continua sendo a porta-voz mais combativa, pressionando autoridades e cuidando para que a mídia não deixe o caso cair no esquecimento.

A Preparação para a Saída
Após 69 dias presos, finalmente o túnel de perfuração chega ao refúgio. Os mineiros recebem a notícia com lágrimas e cânticos de alegria. Eles são informados de que serão resgatados um por um, em uma cápsula especial chamada Fênix, criada para suportar o estreito túnel e trazer segurança durante a subida.

Os homens decidem quem sairá primeiro. Mario pede para não ser o primeiro, mas sim o segundo, para que possa relatar à mídia e ao mundo a situação dos demais. Don Lucho insiste para que os mais fortes e mais confiantes subam antes, para encorajar os outros.

O Grande Resgate
O processo de resgate começa sob os olhos de milhares de espectadores e com transmissão mundial. Um a um, os mineiros são içados pela cápsula Fênix, passando por quase 700 metros de rocha. As famílias se emocionam a cada reencontro, abraçando seus entes queridos com lágrimas e alívio.

Mario Sepúlveda, ao sair, distribui pedras da mina para as pessoas como lembrança, mantendo o espírito brincalhão e inspirador. Don Lucho também é resgatado, emocionado, mas ainda se sentindo responsável pelo acidente.

O último a sair é Yonni Barrios, que ficou famoso por ter dividido atenções entre a esposa e a amante, caso que ganhou repercussão mundial.

Conclusão: A Vitória da Esperança
Ao final, todos os 33 mineiros são resgatados com vida, após 69 dias de confinamento subterrâneo, no que ficou conhecido como um dos maiores resgates da história. O mundo inteiro comemora o feito, que simboliza união, resistência e esperança.

O filme encerra destacando que, apesar de sobreviverem, muitos mineiros enfrentaram traumas psicológicos e dificuldades após a fama repentina, lembrando que o desastre deixou marcas profundas em suas vidas. Ainda assim, a narrativa celebra a força coletiva e o milagre de manter todos vivos contra todas as probabilidades.
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