Tim Maia (2014)

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Abertura: A Despedida
O filme começa com a morte de Tim Maia (Babu Santana) em 1998. A cena mostra o enterro do cantor, acompanhado por fãs emocionados e por amigos próximos, entre eles o narrador da história, Fábio (Cauã Reymond), um músico que conviveu com Tim em diferentes fases da vida. A partir daí, a narrativa retorna no tempo para mostrar sua trajetória desde a infância até se tornar um dos maiores ícones da música brasileira.

Infância e Primeiros Passos
Na juventude, o pequeno Sebastião Rodrigues Maia (Rômulo Neto) cresce em Tijuca, no Rio de Janeiro, em meio a dificuldades financeiras e problemas familiares. Desde cedo, mostra talento musical e interesse por ritmo e canto. A relação com os amigos de bairro e com a comunidade influencia diretamente seu estilo, marcado pela mistura de samba, bossa nova e influências estrangeiras.

A Partida para os Estados Unidos
Movido pela ambição e pelo desejo de crescer na música, Tim viaja para os Estados Unidos ainda jovem. Lá, enfrenta o choque cultural, dificuldades com a língua e situações de preconceito. Ao mesmo tempo, tem contato direto com o soul, o rhythm and blues e o funk, gêneros que transformariam para sempre sua forma de cantar e compor. No entanto, sua estadia é marcada por erros: envolvimento com drogas e pequenos delitos o levam a ser preso e posteriormente deportado de volta ao Brasil.

O Retorno ao Brasil e as Primeiras Gravações
De volta ao Rio, Tim reencontra os velhos amigos, incluindo Fábio (Cauã Reymond), que também persegue a carreira musical. Eles formam parcerias, mas Tim se mostra cada vez mais intenso, explosivo e difícil de lidar. Ele grava suas primeiras músicas, mas enfrenta resistência das gravadoras, que não acreditam no sucesso de seu estilo influenciado pelo soul americano.

O Sucesso com a Música Negra Brasileira
Persistente, Tim Maia finalmente conquista espaço com canções como "Azul da Cor do Mar" e "Primavera", consolidando seu estilo autêntico. Nos anos 1970, atinge o auge da carreira, lançando discos revolucionários para a música brasileira. Sua voz potente e presença de palco o tornam inconfundível. Contudo, os bastidores mostram sua vida desregrada: atrasos em shows, cancelamentos, discussões com empresários e músicos.

O Romance e os Conflitos
Em meio ao sucesso, Tim vive intensos relacionamentos amorosos, mas nenhum consegue se sustentar diante de seu temperamento imprevisível e de seu envolvimento crescente com drogas e excessos. Os problemas de saúde começam a se agravar, embora ele continue lançando músicas de grande impacto.

O Episódio da Cultura Racional
Um dos momentos mais marcantes do filme é a fase em que Tim Maia se envolve com a seita Cultura Racional, liderada por Manoel Jacintho Coelho. Durante esse período, ele lança os famosos discos "Tim Maia Racional, Vol. 1 e 2", considerados por muitos críticos como suas obras-primas. Vestindo-se de branco e pregando os ensinamentos da seita em seus shows, Tim adota um comportamento mais disciplinado. Porém, quando se desilude com o movimento, rompe de forma abrupta, queima exemplares dos livros e nunca mais executa oficialmente aquelas músicas.

A Amizade com Fábio
O narrador Fábio acompanha de perto os altos e baixos de Tim, funcionando como um contraponto mais equilibrado. A amizade deles é marcada por lealdade, mas também por atritos, já que o temperamento explosivo de Tim muitas vezes afasta até mesmo aqueles que mais o admiram.

O Declínio
Nos anos seguintes, apesar de continuar popular e com shows lotados, Tim enfrenta sérios problemas de saúde, principalmente devido à obesidade, ao uso de drogas e ao excesso de álcool. Ele perde contratos, briga com empresários e se afasta de várias pessoas próximas. Mesmo assim, segue adorado pelo público, que enxerga nele autenticidade e paixão pela música.

O Último Show
O clímax do filme mostra Tim Maia já debilitado, mas ainda subindo aos palcos. Durante um show em Niterói, ele passa mal e precisa ser levado ao hospital. Pouco depois, em 1998, o cantor morre aos 55 anos, deixando um legado imenso para a música brasileira.

O Encerramento: O Legado
O filme termina com imagens de arquivo reais de Tim Maia, mostrando sua potência vocal e a energia contagiante de suas apresentações. A narração de Fábio destaca que, apesar dos defeitos, das contradições e dos excessos, Tim foi único, verdadeiro e deixou uma herança musical que jamais será apagada.

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